Queria dar esperança, diz ilustradora de HQ sobre morte da avó por covid
Uma thread contando a história de uma ilustradora que enfrentou a covid-19 com sua família deixou a timeline emocionada nesta segunda-feira (1).
Ela vai mostrando, com ilustrações, as dificuldades e incertezas de quem está convivendo com o coronavírus.
Em um relato sensível e comovente, Taíssa nos mostra a dimensão da dor que é perder alguém –no caso, sua avó.
Com sua arte, ela representa os tempos difíceis em que estamos vivendo.
E ainda consegue irradiar uma luz de esperança.
Taíssa Maia tem 28 anos, mora no Rio de Janeiro e é formada em Design pela UFRJ. Ela contou ao blog que quis fazer uma homenagem à avó, e enquanto pensava no que fazer, percebeu que não tinha como não contar a trajetória do coronavírus dentro da família.
"Eu achei que a história pudesse ajudar alguém e queria dar um pouco de esperança para quem tá em uma situação parecida, porque no final, apesar de tanta dor, a gente ficou bem", disse.
A ilustradora conta que o alcance do post nas redes sociais causou impacto em sua vida.
Eu tava com receio de postar esses desenhos porque é uma história muito pessoal e é um assunto muito difícil pra mim. Eu chorei muito fazendo o roteiro e desenhando. O carinho e o apoio que eu recebi foram muito importantes para que eu continuasse bem, me manteve nos eixos e me deu ânimo para continuar
Taíssa relata que recebeu desenhos de crianças, mensagens de médicos e pessoas que também estavam na mesma situação que ela. "Isso tudo fez o meu esforço valer a pena, ajudou a ressignificar toda aquela dor que eu tava sentindo".
Alberto e Maria José, avós de Taíssa, estavam juntos há 61 anos e eram inseparáveis. Essa situação toda acabou por aproximar muito a família, que reformulou toda a rotina para dar toda a assistência a Alberto. "Tem sido bom pra ele e pra gente também."
A jovem designer tem um site —taissamaia.com.br— e uma série de projetos que publica no Instagram: @taissamaia
Taíssa Maia conta que, além da perda do olfato e paladar, ela teve dores de cabeça e falta de ar leve. "Muita gente ainda não tem a dimensão do problema que a gente tá enfrentando. Espero que a minha história consiga dar esse olhar de dentro, de quem viveu na pele um pesadelo desses, para que as pessoas tenham mais consciência consigo e com o próximo."
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